FreExpressioNanquin: Quadrinhos mudos (parte3)

Exemplos

"5": ganhador do Eisner Awards 2008

Tive que procurar exemplos do que eu queria fazer, pra saber como eles resolveram esse "problema" do mudo nos quadrinhos. E então...

Quadrinho mudo não é uma coisa nova. Óbvio.

Tem muita gente que usa/usou imagens por si só para comunicar algo nos quadrinhos. No entanto, demonstro aqui somente alguns singulares, exemplares (óbvio de novo. Não posso citar todos os exemplos existentes). Esse recurso de linguagem por vezes ocorre em uma ou mais páginas dentro de uma história falada(entendamos o termo “história falada” fazendo referência ás falas dos balões e, portanto, à escrita). Outras vezes, há uma história inteira sem falas ou diálogos falados, dentro de uma série tradicionalmente falada, por vezes justificada pela incapacidade de gesticulação verbal do personagem(animais, bebês, pessoas com deficiência, tipo o Humberto da turma da mônica), ou simplesmente sem justificativa alguma. Exemplos assim costumam ocorrer na maioria dos periódicos de hqs ou pelo menos já ocorreu uma vez em algum momento da série específica.

Humberto!

Há casos desse recurso de linguagem aparecer em uma obra inteira também, como o mangá "Gon: come e dorme" e o fanzine brasileiro “5”, ganhador do Eisner Awards 2008, na categoria melhor antologia. Meu caro amigo, se você não conhece, não leu ou nunca ouviu falar nesses dois... Corra atrás do prejuízo. O "5", sendo um fanzine, eu só consegui um exemplar no final de um workshop do Gabriel Bá e Fábio Moon, aqui no Rio, quando eles abriram as mochilas pra quem quisesse comprar um exemplar desse ou daquele outro volume. Foi uns R$ 5,00. Naquela época(ano passado, acho) eu só conhecia mais o trabalho do Grampá..."5" foi feito numa parceria entre os brasileiros Rafael Grampá, Gabriel Bá, Fábio Moon, a italiana Beecky Cloonan e o ateniense Vasilis Lolos. No final do post, o vídeo da premiação deles: