Sinta o que quiser, entenda o que sentir, traduza as palavras usando sua experiência.
Crie um sentido.
Certas coisas, quando você fica sabendo depois como eram na verdade, lhe dão de presente um sentido amplo do universo, apenas acontecimentos que te fazem compreender os fatos como inúmeras e minúsculas partículas ligadas cada uma a outra em frágeis galhos de ramificações incontáveis determinando um imenso fluxo, descobrindo uma corrente de informações como uma forma gigantesca e pulsante de vida.
Certa sensação lhe dota de visão mais ampla, um sentido maior daquele cotidiano passado, porque agora você sabe como era na verdade que acontecia. Digo isso quando você descobre, por exemplo, como determinada pessoa se sentia em relação á você em determinada época. Você se surpreende, se maravilha com um cenário que agora lhe é disposto de tantos e quantos angulos possíveis, despertando uma onipresença passageira de um tempo passado, onipresença que emociona.
Mas quando semelhante situação começa a ocorrer novamente, e você já provou da onipresença passageira, esse momento presente lhe desarma de toda a proteção e precaução; se está nu diante de inúmeras e minúsculas partículas ligadas cada uma a outra em frágeis galhos de ramificações incontáveis em que se desfigurou a incerteza das possibilidades. Como uma árvore que cresce, suas enormes raízes protegidas e escondidas sob a terra; as raízes você não vê, mas sabe que estão alí, tão maiores quanto a própria árvore. O presente frenético, cada segundo tornando-se passado de uma forma que é desde que tudo é. Imprevisível, constantemente inconstante; medonho até; terrível se elevado em seu mais auto grau.
Uma vez que se prova da onipresença passageira, torna-se fácil esquecer o quão difícil é ser mortal.
sábado, 4 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário